Por Caroline Klem
De acordo com o filósofo Zygmunt Bauman estamos vivendo uma Modernidade Líquida, que possui como característica um mundo com muitas mudanças e incertezas, além de uma sociedade consumista que define quem são as pessoas. Essa liquidez reflete em vários aspectos da vida humana e a moda é uma delas.
O ato de comprar roupas virou um hábito tão comum quanto tomar banho para a maior parte da sociedade, e com isso, surgiu o termo “Fast Fashion”.
O que é “Fast Fashion”?
O “Fast Fashion” é o atual modelo de produção da moda, em que é priorizado a produção em massa e rápida, possuindo diversas coleções e subcoleções ao decorrer do ano. Tais coleções criam a falsa necessidade do novo, fazendo as pessoas consumirem rapidamente.
O modelo “Fast Fashion” teve início na Europa e rapidamente foi importado para para outros países através de grandes marcas como Zara, Forever 21, C&A, Riachuelo e Renner.
Qual o impacto desse modelo de produção?
A indústria da moda está entre as mais poluidoras do mundo. Segundo a Fundação Ellen MacArthur menos de 1% de fibras têxteis usadas na produção de roupas são recicladas e destinadas para a produção de novas peças, representando uma perda econômica de 500 milhões de dólares no mundo. Além disso, segue abaixo outros dados que mostram esse impacto:
Além de impactos ambientais, essa indústria também é responsável por impactos sociais, já que muitas marcas que possuem esse modelo de produção estão envolvidas em casos de trabalho escravo.
Slow Fashion: alternativa mais sustentável.
O Slow Fashion surge com o intuito de minimizar os impactos socioambientais causados pelas Fast Fashions, sendo uma alternativa de moda sustentável. Esse modelo preza pela diversidade, prioriza o local em relação ao global, promove consciência socioambiental, pratica preços reais que englobam custos sociais e ecológicos e mantém sua produção entre pequena e média escalas.
Entre os princípios do Slow Fashion estão: sistema de produção transparente; menos intermediação entre o produtor e o consumidor; oposição à cultura do “novo”; atuação colaborativa, entre outros.
Por mais que esses conceitos ainda pareçam distantes da realidade em que vivemos, existem algumas marcas brasileiras que se destacam na moda sustentável, entre elas a Maria Tangerina, EMI Beachwear, Mudha e Jouer Couture. Além dessas opções, uma ótima alternativa é comprar roupas em brechós.
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